terça-feira, 2 de março de 2010

GP do Atlântico 2010 - A Consolidação


O grupo Unidos da Castilho cresce e consagra-se, em ritmo lento, mas sustentado e sólido, entre o núcleo cada vez mais central na tabela de classificação de equipas e também individual. Para isto contribui não só a melhoria de performance dos membros originais, mas também a adesão de novos elementos que vêm dar forma, motivação e expressão a esta maravilhosa experiência de equipa.

O que começou com uns parcos (mas bons...) membros, toma agora conteúdo e dimensão, que justificam a criação de um brasão, de uma identidade. Por isso mesmo, chegou o momento de criar a marca UdC, vertida em equipamento próprio que já está no forno e pronta a sair. Ainda não se viu expressa neste Grande Prémio do Atlântico mas, se tudo correr bem, apresentar-se-á oficialmente na meia maratona da Ponte 25 de Abril.

Mas vamos à ordem do dia:

Domingo de manhã, no Inverno do mês de Fevereiro, tudo parecia condenado. Uma chuvada torrencial lavava a cara a Lisboa de manhã cedo e tudo indicava o potencial cancelamento da prova. Mas, como combinado, lá nos encontrámos todos junto à bancada dos dorsais, apesar das indicações discrepantes de local e hora de partida, dadas erroneamente pela nossa querida Xistarca (mais à frente desenvolvemos na Rubrica "A (Des)Casca da Xistarca").

A correr, já antes da partida, pusemos os dorsais na camiseta e os chips nos ténis (menos eu que, com o nervoso, me esqueci) e tentá-mo-nos colocar o mais à frente possível para ter uma boa largada.

O tempo acabou por se juntar ao espírito de equipa e ajudou já que, entre a partida e a chegada, miraculosamente, não caiu uma gota.

Nos primeiros minutos de corrida, a conjugação dos elementos: multidão (o body-count oficial foi 1037 pessoas), ruas estreitas e poças com lama por todo o lado, proporiconaram algumas visões caricatas de corredores-pulga a saltarem de um lado ao outro da estrada. Já não se fala nas cotoveladas carinhosas, empurrões e tropeções, sem os quais uma corrida nao seria a mesma coisa. Afinal, o mundo da corrida é para homens de barba rija e não foi feita para flores de estufa. É isto que faz de nós os Homens (e incluo aqui, com o devido e merecido respeito, as grandes mulheres que participam, estas sem barba rija, mas igualmente duras) que somos!

Ao final do km 3 tudo estava mais estabilizado e começava-se a desenhar já o contorno da corrida, a gerir o cansaço e estabelecer o ritmo. A aparente facilidade expectada do percurso, que todos visionámos plano, conhecendo a zona da Costa de Caparica, fez-nos (falo mais por mim) puxar demais nos primeiros 5 km, o que hipotecou de certa forma a segunda metade, que foi feita com maior esforço do que o esperado, para manter a pretendida cadência.

Acresceu que o vento oposto que se fez sentir entre os km 6 e 9, ao longo do paredão das praias, nos castigou ainda mais as pernas e o pulmão. Para rematar, os troços intermitentes de areia de praia no percurso afundaram mais ainda a facada das surpresas do percurso. Atenção, não o digo com sentimento de mágoa ou como critica ao percurso, que devo dizer foi uma muito agradável surpresa, mas antes como descrição das caraterísticas próprias desta corrida e do local onde se realizou.

Feitas as contas, todos os Unidos se saíram bem, contados entre os 42 e 53 minutos, e contentes de ter participado neste GP. Como "pseudo" benfiquista, preferia apenas não ter na t-shirt a referencia ao Núcleo Sportinguista da C.C., mas aí tenho a certeza que não falo por todos os UdC, entre os quais se encontram alguns fanáticos dessa instituição! Mas guardo-a como uma boa lembrança deste dia.

Não posso deixar ainda de agradecer ao meu "companheiro" desconhecido de corrida cujo nome e número de dorsal não revelo para proteger a confidencialidade, que me encontrou e marcou o passo no último km e meio e me deu aquela força imprescindível para me manter em velocidade constante até à chegada. São setse momentos de soliariedade empática que guardamos com maior afeição!

Grande Prémio, sim senhor, este do Atlantico!

Para finalizar, e como já é habitual, vamos à nossa rubrica "A (Des)Casca da Xistarca!!":

Se temos o tal e coiso do "chipe", porque raio não se contabiiza a partida e a chegada, em vez de apenas chegada? De facto não ouvi o "bipe" quando comecei a corrida... Nós que partimos no meio da multidão e que não temos força nem para levantar o bracito e carregar no stop do cronómetro ao chegar ao fim para ver o tempo real, gostávamos muito de ter essa indicação! E deve ser para isso que serve o chipe pah! Não tá legali... Vamos la a fazer forcing de pôr a maquineta também ao início, vá la não sejam forretas...

E

já agora, arranjem lá um mapinha ANTES das corridas, que isto de pôr um mapa do percurso à socapa no saquinho com a água e a medalha, no final da prova, não tem grande utilidade! Não custa nada e afinal se não é isso que faz parte também das competências da organização...

E, para finalizar,

Esta coisa de anunciar que a prova começa às 10h15 e depois vamos a ver e afinal a pistola dispara às 10h00, também não me parece, como dizem os espanhóis, "de recibo". Bem sei que 15 minutinhos pode não parecer nada assim para quem está no cinema a comer pipocas, mas numa prova que dura entre 40 e 60 minutos em média....

Adeeeeeeeeeeeeeeus e vêmo-nos na corrida da árvore!

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