segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

27ª Edição 20 km de Cascais - Guincho



Que prova! Eu e os meus Unidos da Castilho abrimos caminho para o maravilhoso mundo novo das meias maratonas.

Há uns meses atrás, quando comecei as corridas dos 10 km, se me perguntassem, ou quando me perguntava a mim próprio, o que pensava das meias-maratonas e de maratonas em geral, respondia logo que me parecia incrível, no sentido de impossível, fazer-se uma corrida do dobro ou mais daquilo que nós fazíamos já a grande custo. E assim me mantive uns meses, em que fazia as maravilhosas corridas de 10km.

Em Sintra arriscámos já, a muito medo, os 17km, e ontem, com a costa do Guincho como pano de fundo, fizemos o nosso debut no mundo das meias-maratonas e suas vizinhanças!

Ao passar os dez km com o meu companheiro JAA comentávamos exactamente este fenómeno. Lembrámos-nos das corridas de 10 km em que chegávamos ao km 4/5 e já íamos todos rebentados. Na chegada dos dez km dávamos graças a Deus por ter chegado ao final! Sei que o ritmo dos 10 é diferente dos 20, mas achámos os dois piada a estarmos a abrir caminho para uma nova perspectiva.

Ontem lá passámos a marca dos dez km e conscientes de que estávamos a meio. Fiquei com saudades de fazer uma corrida de 10km! Mas o GP do Atlântico esta já aí ao virar da esquina!

Voltando à vaca fria, os 20 km em Cascais e arredores fizeram a nossa manhã de ontem. Um frio matinal de rachar começou logo a criar dúvidas sobre a vestimenta a levar no corpo durante a corrida. Cada um foi à sua maneira, eu optei por ir de calções e shirt.

Lá estavam as centenas de pessoas todas na linha de partida e claro, 3 minutos antes da partida dá aquela vontade inadiável de ir fazer o xixizinho, sem casa de banho à vista. Lá encontrámos aqueles wc móveis tipo concerto. Fiz das tripas coração, tapei o nariz e lá entrei para a rápida missão sanitária. Devo dizer que aquela visão, minutos antes da corrida, não foi a melhor forma de preparação e motivação, mas não havia nada a fazer.

A corrida "correu" muito bem. Fomos todos em ritmo expectante até aos dez km e aí cada um estabeleceu o seu ritmo de metade final. Não houve sobressaltos (pelo menos connosco), e chegámos todos ao fim sãos e salvos, com óptimos tempos, localizados na segunda metade da segunda hora. Grande estreia de CAP, na sua primeira prova de sempre! Temos corredor à altura, sim senhor!!

Fizemos a primeira volta de 5 km na vila (parece que ainda é, segundo os nossos amigos Wikipedia e Google, apesar de se ter ontem discutido a sua promoção, ou não, a cidade) de Cascais. Terminada a volta da "rapidinha", passámos pelo hockey clube, Casa da Guia, e fomos direitos ao Guincho. Foi pena não chegarmos à praia do Guincho, mas foi muito bonito na mesma. Aquela voltinha ao pau no meio da estrada era dispensável. Mais valia fazer uma inversão de marcha nalguma entrada ou cruzamento. Uma paragem de ritmo aos 13 km não me pareceu a melhor das ideias, pela quebra de ritmo e concentração. Mas enfim, lá dei a volta ao pau, como todos, para regressar à candidata a cidade.

Terminada a prova, com a costumada alegria, voltámos Lisboa e fizemos, alguns de nós, pela primeira vez, um treino de descompressão. Saímos do recinto, fomos direitos ao ginásio, e fizemos 10 minutos de bicicleta e passadeira, seguido de uma sauna relaxante. Devo confessar que foi o melhor que podíamos ter feito, para massajar os músculos das pernas!

O facto é que, pelo menos eu, estou com os joelhos todos desengonçados! Mas feliz!! Pareço aqueles lutadores de boxe, tipo Rocky, todos em sangue, inchados e sem um ou dois dentes, no final do combate, a segurar no cinturão do título e a gritar vitória.

De resto, a motivação continua em alta. Espero que se mantenha até conseguirmos fazer a prova "P", the one and only, a grande, a única, maratona!

Aproveito para deixar uma nota à organização da corrida e à Xistarca. Não sei quem é responsável por que parte do evento, mas aqui ficam as ideias:

- os percursos não deviam ser repetitivos, para não termos que passar 2 ou 3 vezes pelo mesmo troço, como aconteceu ontem;

- é imprescindível, pelo menos para mim, ter um mapa do percurso ou, pelo menos, uma descrição detalhada do mesmo para nos preparmos mentalmente. É uma das coisas que não me parece possa faltar ao atleta na preparação da corrida. E não chega dizer-se que é "igual à do ano passado"...alguns de nós não fomos no ano passado...

- Seria bom ter uma peça de fruta à chegada, não vão alguns de nós começar a falar com gafanhotos gigantes chamados "Zé António", por falta de vitamina no organismo..

Viva os UdC!

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