31 outubro 2009

Pataniscas de bacalhau

Como o prometido é devido, aqui começa a saga Bacalhau! Começamos pelo mais simples, mas não necessariamente o mais fácil. Sempe ouvi dizer que a mais valia da cozinha está em fazer as coisas simples bem feitas. Quem nao sabe mexer um ovo....

Espero que se veja tão bem como nos soube...
Aqui vai:

Para 4 pessoas
Ingredientes:
300 gramas de bacalhau
2 ovos
1 cebola picada
150 gramas de farinha
Salsa q.b.
um pouco de cerveja
um pouco de água (de cozer o bacalhau)
sal e pimenta q.b.
Óleo para fritar

Preparação:
1. Demolha-se o bacalhau, coze-se e lasca-se;

2. Pica-se a cebola;

3. Mistura-se a farinha, a cerveja e a água. Junta-se os ovos batidos, o bacalhau, a cebola e polvilha-se com salsa, sal e pimenta q.b., envolvendo tudo. Caso fique muito liquido junta-se um pouco mais de farinha;

4. Aquece-se o óleo e frita-se a mistura às colheres de sopa. Caindo no óleo, a mistura formará a patanisca.

Serve-se com o arroz de feijão papo de rola e uma saladita de tomate simples!

30 outubro 2009

RISOTTO DE FUNCHO E COGUMELOS

Para 4 pessoas

Ingredientes:
1 cebola picada
2 dente de alho picados
1 funcho picado
Uns ramos de tomilho
400g de arroz arbóreo
50 dl de vinho branco seco o vermute
1 ½ litro (para sobrar se for o caso) de caldo de legumes.
200 gr de cogumelos frescos, de uma ou mais espécies, laminados
Queijo parmesão ralado na hora
Sal e pimenta
Uma colher de sopa de manteiga

Preparação:
1. Aquece-se o caldo de legumes em separado e deixe-o ferver.

2. Numa frigideira, salteiam-se os cogumelos em azeite e alho, com uma pitada de sal, pimenta e uns raminhos de tomilho. Reserva-se em duas partes: 1/3 e 2/3;

3. Numa panela, refoga-se a cebola em azeite e junta-se o alho, deixando alourar. Junta-se funcho e deixa-se apurar até estar bem cheiroso;

4. Em lume médio, junta-se o arroz até ficar translúcido. Deita-se o vinho e deixa-se absorver pelo arroz até evaporar;

5. Vai-se acrescentando o caldo concha a concha, sempre a mexer o arroz, esperando que seja absorvida/evaporada todo o caldo antes de deitar a concha seguinte, até o caldo acabar ou até que esteja cozido. Com a primeira concha junta-se 2/3 dos cogumelos. Vai-se provando à medida que se junta o caldo para rectificar sal e pimenta;

6. Quando o arroz estiver cozido, apaga-se o lume e junta-se a manteiga o parmesão e o resto dos cogumelos ralado, sal e pimenta. Serve-se e polvilha-se com parmesão.

Nada de deixar arrefecer. É p’ra papar logo, porque dá um trabalhão mas fica muita bom!

TAGLIATELLE FUSIONE FABIDOC

Per quattro paisano

Ingredienti:
500 gramas de tagliatelle fresco
150 gramas de mozzarella de Búfala
100 gramas de presunto desfiado
3 tomates cortados aos cubos
1 beringela cortada aos cubos
1 cebola, picada
1 dente de alho inteiro esmagado
1 dente de alho picado
2 colheres de chá de açúcar mascavado
Umas quantas folhas de manjericão fresco
Orégãos q.b.
1 pimenta verde sem sementes, picada
Pimenta preta q.b.
Sal grosso
Azeite
Azeitonas pretas cortadas aos pedaços mas não picadas

Preparazione:
1. Refoga-se a cebola em azeite e deixa-se alourar com o alho picado e a pimenta verde,

2. Junta-se a beringela, primeiro, e passados dois ou 3 minutos o tomate, deixando-se apurar uns 20 minutos em lume brando, mexendo de vez em quando. Tempera-se com sal e pimenta a gosto. A meio tempo, junta-se açúcar e a 5 minutos do final o manjericão;

4. Enquanto o passo 2 está em cozedura, coze-se noutra panela o tagliatelle em água a ferver com um fio de azeite e o alho esmagado. Quando estiver al dente, retira-se da água, passa-se por água fria e junta-se um fio de azeite extra virgem para soltar;

5. Serve-se o tagliatelle num prato fundo, com o preparado de tomate e beringela por cima. Com as mãos, desfaz se a mozzarella por cima, e moí-se um pouco de pimenta preta para dar cor. Polvilha-se com o presunto e azeitonas e rega-se com fio rápido de azeite. Por fim salpica-se com um pouco de orégãos.

Mamma Mia!

29 outubro 2009

Momento WIkipedia - Interesting Facts: As formas Reflexas

E agora, para mais um momento de entretenimento criado neste espaço (para mim, claro):

Atormenta-me o facto de não conseguir obter uma resposta preto no branco sobre a maneira correcta de usar as chamadas "formas reflexas": banha-se; cultivam-se, vende-se, etc...

Já andei à porcura de uma resposta clara e inequívoca, embora não muito a fundo, não vá encontrar a resposta, deixando assim de ser um dos tais assuntos produtivos que não levam a lado nenhum, passando para a categoria dos factos inequívocos.

Segundo apurei, as formas reflexas utilizam-se (cá está...olhó sujeito - ver infra) de forma diferente consoante o sujeito a que se referem. Assim:

Quando a acção expressa pelo verbo recai sobre o mesmo sujeito que a pratica, as formas em que o verbo exprime assim a acção chamam-se formas reflexas, as quais se obtêm juntando as formas pronominais me, te, se, nos, vos ou se às formas activas do verbo:
Eu banho-me todos os dias.
Tu banhaste-te em água tépida.
Ele banhara-se em água fria pouco depois de comer, e por isso se sentiu mal.
Nós banhar-nos-emos no rio amanhã.
Vós banhais-vos no mar.
Eles banhar-se-iam, se a água do regato estivesse límpida.
Banha-te com frequência, para teres saúde.

Às vezes empregam-se as formas reflexas da 3.ª pessoa para representar a passiva:

Os jardins cultivam-se (são cultivados) por causa da beleza das plantas e das flores.

Esperam-se (são esperadas) notícias dos sábios que foram ao Pólo Norte.

Vende-se (é vendida) fruta naquela quinta.

Resumindo: Quando alguém faz alguma coisa nalgum local, ex.: alguém vende fruta ou qualquer outro bem, o cartaz deve dizer "vende-se" tal bem... Quando se cortam ingredientes, deve dizer-se "cortam-se cenouras, etc..."

E por aí fora. Tudo depende do raio do sujeito da frase..como sempre!!

Assim, lamento, em parte, informar-me, que as minhas receitas estão cheias de formas reflexas doentes, as quais vou curar de curar quanto antes....

Não pode haver bacalhau em pataniscas sem o seu (como agora se gosta de dizer) arroz de feijão papo de rola

Para 6 peoples

Ingredientes:
250 gramas de feijão papo de rola
500 gramas de arroz agulha
1 cebola
Meio chouriço às rodelas
Meia couve lombarda/repolho cortada não muito finamente
1 cenoura
1 lata de tomate triturado
Salsa q.b.
1 folha de louro
1 pimenta verde sem sementes
Pimenta preta q.b.
Sal grosso
1 dl azeite
1 dente de alho inteiro esmagado

Preparação:
1. Deixa-se o feijão de molho 24 horas, após o que se coze com água e sal, e reserva-se a água (o feijão deve cozer em água que fique 3 dedos acima do feijão);

2. Pica-se as cebolas e a pimenta verde e corta-se as cenouras aos cubos. Refoga-se a cebola em azeite e deixa-se alourar com o alho, pimenta verde, salsa e folha de louro. Acrescenta-se a cenoura e deixa-se ficar uns 3 a 4 minutos;

3. Junta-se o tomate triturado e deixa-se apurar um pouco;

4. Junta-se o feijão já cozido, e o arroz e mistura-se tudo bem com cuidado;

5. Acrescenta-se a água do feijão, com água adicional para que o total seja 2 vezes o seu volume de água (pode-se juntar mais água dependendo do tipo de arroz que se quer), deixando cozer em lume brando/médio . Adiciona-se sal;

6. Passados uns 5 -7 minutos junta-se a couve, e o chouriço às rodelas, e um pouco de pimenta, caso se queira.

Deixa-se cozer o arroz sem deixar secar (mais ou menos 15-20 minutos no total), rectifica-se os temperos.

Adeeeeeeus....

28 outubro 2009

Momento Wikipedia - Interesting facts

Já várias vezes me vi envolvido naquelas discussões a que gosto de chamar: "discussões produtivas que não levam nunca a lado nenhum".

A verdade é que estas discussões ficam sempre numa espécie de limbo porque ninguém tem, realmente, paciência nem vontade para ir ao fundo destas complexas e profundas problemáticas intelectuais. A razão de ser desta preguiça prende-se com a necessidade e, sobretudo, como disse, com a vontade de manter a incerteza da solução, para se poder voltar ao assunto vezes sem conta. O que interessa aqui não é chegar a uma conclusão... é manter a discussão activa, ainda que de forma repetitiva e contínua, durante o máximo de tempo possível.
É quase como uma droga. Quando acaba, quando já não se pode espremer mais o assunto, surge um vazio, um sentimento de perda e nostalgia que ninguém quer sentir. Por isso tenta-se prolongar o máximo de tempo possível para não se ter que enfrentar esse momento que é o da separação, o da aceitação que acabou e que nada mais há a explorar nesse campo. É o momento de tomada de consciência de que há que seguir em frente.

Há muitas discussões que cabem nesta categoria, do estilo "vende-se" ou "vendem-se"; de que animal vem a mozarella de Búfala, e o que fazem Bufalas em Itália...Mas a que me lembrava agora mais recente é a discussão sobre a diferença entre "sauerkraut" e "choucroute": "Isto é choucroute..."; "Não é nada, e tal, é sauerkraut", e por aí fora... imaginem o mundo de discussão que se pode criar à volta disto. São ou não são a mesma coisa? quais as principais diferenças entre uma e outra...? É, sem dúvida, uma "discussão produtiva e que não leva a lado nenhum...".

Hoje resolvi começar a fazer diferente e matar este tipo de questões, momento a que gosto de chamar "Momento Wikipédia - Interesting facts" para o que pedi ajuda ao meu sempre disponível e eficaz Wikipédia, que tudo sabe.

Eis a resposta para o problema em análise:

O choucrute (em alemão "Sauerkraut") é uma conserva de repolho fermentado. Pode ser feito também com folhas de alface firmes. A designação "choucroute" nada mais é do que a tradução francesa dessa maravilhsa couve típcia da cozinha alemã, que por sua vez nada mais é do que couve fermentada durane 1 semana.... mnhami!!!

Em Portugal, a este tipo de iguaria chama-se "couve meia apodrecida esquecida no fundo do frigorifico" ou também "chucrute".

Vem aí o Bacalhau

Já que ando com a mania que partilho umas receitas caseiras, acho que o devo fazer como deve de ser. E por isso mesmo, quem cozinha em Portugal tem que saber cozinhar o bacalhauzito, ainda que seja da Noruega.

Vou dedicar então os próximos dias ao nosso querido bacalhau, que tentarei fazer "com todos".

Em vez de estar para aqui a anunciar, devia mas era estar a dar as receitas! Mas não resisti.

27 outubro 2009

Banana Caramelizada (quem diz banana diz ananás, maçã ou outra fruta que se lembrem)


1 pessoa por banana (ou duas porque às vezes o tamanho conta...)

Ingredientes:
1 banana por pessoa
50 gramas de manteiga (+/- duas colheres de sopa)
Açúcar mascavado (eu ponho à volta de 2 colheres de sopa)
Raspa de lima q.b.
Duas bolas de creme fraiche
Canela para polvilhar

Preparação:
1. Corta-se as bananas no sentido longitudinal e cortadas ao meio ou em três partes, consoante o tamanho da banana;

2. Aquece-se a manteiga numa frigideira e junta-se o açúcar até começar a ficar caramelizada.

3. Frita-se as bananas até ficarem douradas, mas sem se desfazerem;

4. Serve-se a banana numa taça (convém que tenha profundidade) com a calda por cima, junta-se uma bola de creme fraiche de cada lado, polvilha-se com canela e raspa de lima.

26 outubro 2009

Acho que 9ª Corrida do Tejo

Foi quando me contaram, no fim da corrida, que havia um participante, aproximadamente da minha idade, a ser assistido na berma da marginal por suposta paragem cardíaca, que pensei para os meus botões... serei estúpido?? Valerá a pena correr (o risco) desde Algés a Oeiras para comer, oferta da casa, duas meias maçãs acastanhadas e uma banana, regadas a gatorade, e receber uma medalha de participação??
10.000 gajos!! Todos a correr ao mesmo tempo pela marginal, todos a quererem chegar primeiro, todos suados, todos a acotovelarem-se, a queixarem-se que estão cansados, que está calor, que não deviam ter ido e que lhes dói o burro já ao km 2....
Eu pergunto: para que é que foram então?? Não sabiam que era assim? não tinham já participado numa corrida destas? e não se lembram como foi da última vez?? desculpem lá, pazinhos... para os que estão a abanar a cabeça para cima e para baixo ao lerem estas perguntas, talvez seja melhor fazerem uma revisão a essas cabecinhas! ainda devem estar embaciadas da última prova!
A minha foi a primeira. E achei, por momentos, que podia vencer. Cheguei a pensar com convicção séria que os primeiros 3000 corredores podiam tropeçar ou ter um inesperado contratempo, que me pusesse na linha da frente. Rápido vi, aí aos 30 metros de corrida, que isso não ia acontecer, pelo menos para já. Mas não me posso queixar. Cheguei ao final!
Sofri, é um facto, mas sofri com gosto e vontade, suor e orgulho! E gostei. E vou repetir.
Talvez quem tenha que ir à revisão sou eu...

Provem lá esta -Sopa fria de melão

Para 4
Ingredientes:
1 melão grande
4 fatias de bacon/150 gramas de bacon aos pedaços
1 molho de folhas de hortelã/manjericão
Raspa de lima q.b.
Pimenta preta q.b. moída na altura/Canela
1 pacote de natas
1 romã (opcional)

Preparação:
1. Corta-se o melão aos quadrados para bater com varinha mágica, máquina de sumos, liquidificadora ou semelhante. Convém que o melão esteja fresquinho, por isso sugiro que o guardem no frigorifico antes de usar e/ou de servir.

2. Frita-se o bacon num pouco de azeite, de forma a ficar estaladiço mas não queimado e corta-se com tesoura em pedaços muito pequenos, mas sem triturar.

3. Abre-se a romã ao meio e retira-se o interior de forma a ficarem as sementes soltas.

4. Serve-se o melão batido em prato de sopa e deita-se um fio de natas bem fininho, em círculo, à volta da sopa.

5. Coloca-se duas folhas de manjericão ou hortelã, consoante o gosto, no centro da sopa, e por cima polvilha-se com o bacon e as sementes de romã.

6. Por fim, com um ralador, raspa-se um pouco de casca de lima para dar um toque de verde lima e mói-se pimenta preta na altura. Como alternativa à pimenta pode-se colocar canela.

É uma boa receita de inverno....

22 outubro 2009

1ª Prova - 2ª parte

Já sou famoso!!

Alguém leu já a primeira prova e comentou... "mas...não percebo, se é um diário pessoal porque vais pô-lo neste espaço em que toda a gente vê....".

bom... palavras para quê.... também te adoro!

1ª Prova

Neste espaço vou guardar os meus segredos mais intimos! Sempre quis ter um diário só para mim, para escrever as minhas coisas, os meus sentimentos e pensamentos. Tudo aquilo que gosto de guardar para mim. Por isso criei este blog..... Para ter o meu "own personal diary", bem guardado só para mim!!

Já que ninguém respeita diários de ninguém, pelo menos este está disponivel para todos. Escusam assim de espreitar às escondidas!

Como este lugar é destinado também aos aspectos culinários da minha vida, despeço-me, para, já com um
Hasta la Pasta!