24 janeiro 2010
GP Fim da Europa 2010 - "Listen to your body"!
E foi isso mesmo que fizemos! Foi a estratégia desta corrida!
Há vários meses já, desde a nossa inscrição, que a ansiedade, angústia e o medo do desconhecido nos ia comendo por dentro aos poucos. De tal forma que, para além de nos interrogarmos, cada um, para dentro, se seriamos capazes, já nos começávamos a perguntar uns aos outros, primeiro, e a dizer, depois, que não íamos conseguir chegar ao final desta corrida.
Era apenas uma questão de tempo até este auto-terrorismo psicológico, silencioso, nos acabar por nos derrotar. Felizmente, o dia da prova chegou antes do "breaking point", e lá nos encaminhámos os 3 Unidos da Castilho que tiveram (desculpem mas não há outra forma possível de dizer) tomates para ir, para a linha de partida, preparados para o pior. Mas, devo dizer, cheios de motivação!
A este clima de terror ajudou também o que lemos sobre provas de anos anteriores. Se é verdade que elogiavam a extrema beleza inigualável do percurso, e por nós confirmada, digna de um verdadeiro património mundial, verdade é também que pintavam um quadro bastante cinzento, para não dizer, como dizem os americanos, "pitch black".
Histórias à parte, medos de lado, o facto é que esta manhã lá estávamos os três a olhar para este Golias que nos aguardava a esfregar as mãos, camuflado no seu manto de nevoeiro matinal a que todos já nos habituámos. Mas, como na velha história, aqui os 3 Davides derrotaram o gigante.
Temos que agradecer esta vitória em parte a todos os que nos disseram que a prova era muito difícil, que era de facto dura e que muito provavelmente iria chegar ao km 9 ou 10 a andar, nem que fosse um "pedacinho" (como agora gosta de dizer o P. Portas). Foi isso que fez com que, conscientemente mas quase em silencio, numa estratégia de equipa que se foi formando à medida a corrida, e baseada no lema combinado ad hoc "listen to your body", do nosso "Clipsman", os Unidos da Castilho geriram o seu oxigénio ao longo destes maravilhosos 17 km, desde a Volta do Duche até ao Cabo da Roca.
E foi providencial. Fizemos os primeiros 9 km em ritmo de passeio, se é que se pode chamar passeio a uma subida de 10 km ... Havia quem dissesse, com alguma piada, que até de carro era difícil quanto mais a pé. Mas a verdade é que fomos num passo muito moderado, sem pressas ou sequer aquelas excitações que nos têm caracterizado nas 3 ou 4 corridas anteriores, de principiantes. Não houve aquela preocupação tonta de estarmos a ser ultrapassados aos 500 metros iniciais e a pensar que estava tudo perdido. Aliás fomos, literalmente, os últimos a sair graças às chamadas da mãe natureza de um Unido...
Estamos, finalmente, a crescer, e isso deixou-nos a todos num estado de felicidade quase inebriante no final da corrida, que pode também ter sido da falta de oxigénio no cérebro, não sei. Mas o facto é que viemos os três no autocarro de volta para Sintra coo crianças sem sermos capazes de nos encostar para trás nos bancos, a falar sobre a corrida sem parar, dos pormenores, dos momentos altos e baixos do percurso, da beleza estonteante Queirosiana de Sintra, enfim, desta maravilhosa manhã que tivemos.
Devemos em parte esta "nova" sabedoria estratégica ao nosso "Clipsman", que já tem mais algum tempo disto e, mais importante, acesso ao Oráculo, que vai adiantando conselhos, instruções e outras valiosas peças de informação para o pré, durante e pós prova.
Quanto à prova em si, acho que a posso resumir numa só palavra: Maravilhosa.
É uma prova dura, sem dúvida, mas que se fez muito bem. A paisagem é desconcertante. A quantidade de verde, de ar puro, de casas lindíssimas, quase saídas de contos de fadas, o ambiente meio intimidatório meio fantástico da Serra, foram sem dúvida mais valias para uma prova destas!
A organização foi quase perfeita. Deixámos o carro em Sintra, pusemos os nossos sacos, marcados com etiqueta própria que nos forneceram, numas carrinhas disponibilizadas para o efeito, e à meta uma gigante tenda lá nos esperava para nos manter aquecidos daquela ventania do Cabo da Roca, com bebida e comida. Os sacos lá estavam à nossa espera.
Foi pena os sacos estarem um pouco ao monte, já que o que menos apetece depois de fazer 17 km é andar de rabo para o ar à procura das nossas coisas. Apesar de ser um bocado confuso, a verdade é que depois de perguntar à organização, percebi que os sacos estavam mais ou menos organizados por conjuntos de números e lá encontrei os meus. Mas não foi de todo por aí que se retira competência à organização. Apenas é uma ideia para repensar.
Contas feitas, e penso que posso falar pela equipa, estamos maravilhados com esta prova. Para o ano queremos mais! Estamos todos de parabéns.
For the record:
FFC - 1h31,08
JAA - 1h31,21
FRA - 1h40,47
23 janeiro 2010
Spaghetti alle Vongole
Aproveitando as ameijoas brancas que comprei para fazer a canja, fiz logo também um spaghetti maravilhoso, com ameijoas!
Esta receita é muito utilizada em Itália, sobretudo no sul. Na Sicília é muito conhecida e eu fartei-me de comer quando lá estive, como o é também a famosa "zuppa di cozze".... que saudades...
Sem mais delongas, aqui vai:
Ingredientes para 2
250g de spaghetti
1 alho inteiro
1/2 cebola bem picada
400g de ameijoa branca fresca
Salsa q.b.
Sal grosso q.b.
azeite q.b.
1 malagueta picada
125 ml de vinho branco
Preparação:
1. Deixam as ameijoas umas horas em água do mar ou salgada, para libertarem as areias. Reserva-se a água;
2. Numa frigideira bem quente, aloura-se a cebola e a malagueta picada em azeite (eu tambeém juntei um alho picado);
3. Em seguida, escorrem-se as ameijoas, e deitam-se lá para dentro (elas próprias trazem alguma água) e deixam-se abrir. Passados poucos minutos junta-se o vinho, um pouco de sal e a salsa e deixa-se evaporar o vinho. Se acharem que está a secar podem salpicar com a agua das ameijoas mas não mexam muito o recipiente...(não se esqueçam que tem areia la dentro no fundo).
4. Enquanto as ameijoas apuram em lume brando, cozem o spaghetti numa panela com água a ferver, sal, o alho inteiro, um fio de azeite, até ficar "al dente".
Servem o spaghetti em prato fundo, com um fio de azeite, deitam as ameijoas por cima com o seu molho, e decoram com um pouco mais de salsa picada e manjam!!
22 janeiro 2010
Canja de ameijoa branca
Até rima!! tão facil.... tão boa... Só o grande Mestre José Vila para me ensinar um petisco destes!
Ingredientes para 4
1 kg de ameijoa branca fresca pequena ou conquilhas
3 colheres de sopa de azeite
1 cebola picada
150 g arroz
coentros
sal
Preparação
1. Colocam-se as ameijoas em água fria do mar (ou bem salgada) umas horas para largarem areias;
2. Numa panela bem aquecida deita-se o azeite e aloura-se a cebola. Eu juntei um alho.
3. Junta-se água numa quantidade 4 vezes superior à quantidade de arroz e deixa-se levantar fervura.
4. Junta-se o arroz e sal e deixa-se cozer o arroz uns 10 minutos depois de levanar fervura;
5. Escorrem-se as ameijoas e deitam-se para dentro da àgua quente, acrescentando também os coentros;
6. Quando o arroz estiver cozido e as ameijoas abertas, serve-se rápido e come-se logo.
19 janeiro 2010
A queda da salada
Tenho vindo a observar um fenómeno muito interessante sobre a salada e a sua "queda".
Fica muito mais bonita e viva no prato quando é servida com as mãos em vez de talheres próprios. E mais viva e bonita fica quando é temperada no prato, em vez de ser temperada logo na saladeira.
Não sei se este é um achado meu, novidade para todos, ou se foi apenas um achado subjectivo, decorrente da experiência própria, da minha evolução enquanto pseudo-amador de cozinha. Seja como for, é sempre gratificante chegar a estas conclusões, fazer estas pequenas descobertas absolutamente sozinho, sem ajuda, ou sem ter lido, ouvido ou visto nalgum lugar.
Talvez seja um costume já antigo, um M.O. que existiu vivo e presente no passado e que, em consequência da evolução da sociedade e das leis que a acompanham como uma sombra pegajosa, acabou por ser condenado e depois banido das boas e aconselháveis praticas da restauração, em cumprimento das tais leis e seus códigos, decretos, portarias, normas, regras e regulamentos sobre a matéria, em protecção do pobre, desprotegido e frágil consumidor final.
Seja como for, hoje prefiro servir a salada à mão.
18 janeiro 2010
Frango Aromatizado, com Amêndoas e Noodles Chineses
Voltando à cena asiática, que eu adoro, é sempre agradável cozinhar umas tiras de frango no wok ou simplesmente na frigideira (meu caso, porque o meu wok morreu).
O frango tem a característica de ser um alimento leve e suave, que não se reduz ao belo frango assado, comido à mão com uma "geladinha". E não me levem a mal, esse frango sabe muito bem num final de dia de verão quente ao ar livre.
Mas hoje faço uma receita mais invernal, que passo a explicar:
Para 2
Ingredientes
250g de "strogonoff" frango (já se compra em tiras e tudo!)
100g de milho cozido
100g de rebentos de soja
tomilho limão (pouco)
molho de soja q.b.
250g de noodles chineses
Óleo de sementes de sésamo
Amêndoa torrada laminada
Sumo de limão
vinho branco q.b.
1 ou 2 dentes de alho, picados
sal e pimenta q.b.
Um pouco de gengibre fresco picado
Preparação
1. Tempera-se o frango com o alho, sal, pimenta, tomilho limão, sumo de limão, gengibre e o vinho. Mistura-se bem e reservar umas horas se possível, antes de cozinhar;
2. Numa frigideira bem quente, deitar azeite e cozinhar um pouco o frango até estar levemente tostado por fora (não deixem secar...). Reservar;
3. Na mesma frigideira, coloca-se um pouco mais de azeite, e salteia-se o milho e os rebentos de soja, juntando depois o frango de novo lá para dentro, e temperando com um pouco de molho de soja. Deixa-se marinar um pouco mais em lume brando;
4. Enquanto se deixa o frango em lume brando a ganhar sabor, ferve-se água com sal numa panela e coze-se a massa chinesa de acordo com as instruções da embalagem (eu pus um alho inteiro também na água...Shhhhh...). Normalmente está pronta em aprox. 4 minutos. A meio da cozedura, deita-se umas gotas de óleo de sementes de sésamo. Não exagerem porque este óleo é muito bom, mas também muito intenso e se exageramos retira todo o sabor ao resto.
Sirvam a massa e deitem por cima a mistura de frango, rebentos de soja e milho. Polvilha-se com amêndoa laminada e come-se com "fai-chi".
Ainda estou a dever ao blog o que aprendi no curso de cozinha Thai, mas tenho que ir ao super mercado... Prometo que a primeira que faço, para quem conhece, é a sopa "tom yam". Quem espera sempre alcança!
17 janeiro 2010
Hamburgers "ad-hoc"
Pensava eu que iria fazer algo simples e rápido um sábado chuvoso...Meus queridos amigos, não subestimem o poder da batata e da demora da "descasca"!
É verdade que não há melhor do que a batata frita caseira, descascada e cortada em rodelas à faca, fininhas. Quem não se lembra de as comer em casa, feitas pela mãe ou avó? Inigualáveis... Parecia fácil, do pé para a mão. Mas não é. Soube ontem.
Pensando bem, a verdade é que a única coisa que nós fazíamos para contribuir nesse processo era comer. Agora resolvi inverter os papéis e passar para o lado de lá! Além disso descobri o pimento italiano, um pimento alongado com um sabor suave. Fica muito bem com estes hamburguers
Ingredientes para 4:
hamburguers
800 g de carne picada
1 cebola, picada
2 dentes de alho, picado,
orégãos q.b.
pitada de cominhos q.b.
pitada de piri-piri q.b.
sal e pimenta preta q.b.
umas gotas de molho inglês
mostarda
pão ralado q.b.
4 fatias de mozzarrella em barra, desfeitas em pedaços
Acompanhamento
2 pimentos italianos
batatas para fritar/assar descascadas e cortadas em rodelas fininhas
1. Mistura-se bem todos os ingredientes para os hamburgueres e amassa-se tipo pão, para ficarem bem incorporados, incluindo a mozarella. Depois hão de ver ao cozinhar que dá aos hamburguers uma ligação cremosa muito boa!
2. Uma vez misturados fazem-se bolas de carne para formar os hamburguers. Eu não os faço muito grandes. Reservam-se no frigorifico um bocado.
3. Enquanto o sabor dos hamburguers liga no frigo, corta-se os pimentos ao comprido e retiram-se as sementes, passando água e secando. Depois cortam-se às metades. Numa firigdeira bem quente, deita-se azeite e passam-se pimentos uns minutos para amolecerem ligeiramente e ganharem cor. De seguida, levam-se ao forno bem quente (180º) e deixam-se assar um bocado, regando com um pequeno fio de azeite. Eu juntei um ramo de tomilho limão por cima.
4. Numa panela com óleo bem quente deitam-se as batatas para fritar, deixando alourar. Retiram-se e passam-se por papel, para retirar o óleo. Deita-se um pouco de sal (eu usei sal grosso).
5. Enquanto as batatas fritam e o pimento assa, aquece-se bem uma frigideira, deita-se um pouco de azeite ou manteiga e cozinham-se os hamburguers, de um lado e de outro, até ganharem cor, e ficarem cozinhados por dentro. Eu gosto deles mal passados por dentro, por isso deixei apenas a mozarella derreter e retirei. Ficaram rosados, no ponto...
Acompanham com uma salada de várias alfaces, tomate cherry cortado às metades, e polvilhado com amêndoa laminada. Tempera-se com sal, pimenta e orégãos (e azeite e vinagre, claro)
16 janeiro 2010
Risotto de Lima com camarões tigre na chapa
Nunca vi esta receita, mas ouvi falar. Ouvi dizer que era muito boa e resolvi experimentar em casa, com base na explicação que me deram.
Já a fiz duas vezes e nem tempo tive para tirar a foto... À terceira, na noite de fim de ano, ainda consegui tirar fotos aos camarões, sendo que a imagem não faz justiça, mas o risotto nem vê-lo.
Bom, aqui fica:
Ingredientes:
Para o Risotto
1 cebola picada
1 dente de alho picados
1 talo de aipo picado
Uns ramos de tomilho limão (opcional)
Cascas de lima q.b. (umas quatro ou 5)
400g de arroz arbóreo
50 dl de vinho branco seco ou vermute
1 ½ litro (para sobrar se for o caso) de caldo de legumes.
Queijo parmesão ralado na hora
Sal e pimenta
Uma colher de sopa de manteiga
Preparação:
1. Aquece-se o caldo de legumes em separado e deixa-se ferver.
2. Numa panela, refoga-se a cebola em azeite, deixando alourar, e junta-se o alho, o aipo e o tomilho. Deixa-se apurar até estar bem cheiroso;
3. Em lume médio, junta-se o arroz até ficar translúcido. Deita-se o vinho e deixa-se absorver pelo arroz até evaporar;
4. Vai-se acrescentando o caldo concha a concha, sempre a mexer o arroz, esperando que seja absorvido/evaporado todo o caldo antes de deitar a concha seguinte, até o caldo acabar ou até que esteja cozido. Vai-se provando à medida que se junta o caldo para rectificar de sal e pimenta;
5. Quando o caldo estiver a acabar e virem que o arroz está já quase cozido, juntam as cascas de lima. Apenas 5 minutos (approx) dentro do arroz e já dá um óptimo aroma. Não devem deixar tempo demais senão fica muito ácido.
6.Quando o arroz estiver cozido, apaga-se o lume e junta-se a manteiga, o parmesão ralado, sal e pimenta (se necessário). Serve-se e polvilha-se com parmesão.
Para os camarões (para 4)
talvez 3/4 camarões por pessoa, dependendo do tamanho e fome
alho picado
limão espremido
sal e pimenta q.b.
Preparação:
1. Abrem-se os camarões ao meio, pela parte de dentro, fazendo-se um corte desde a cabeça ao rabo, e lavam-se bem lavados em água fria, para retirar a tripa e "cocós";
2. Num almofariz, esmaga-se o alho, com o limão, sal e pimenta, e espalha-se bem pelos camarões, deixando repousar no frigorífico umas horas antes de grelhar;
3. Levam-se à chapa com um fio de azeite até estarem prontos!
14 janeiro 2010
Bolo de Mármore
Continuando na minha saga de aprendizagem lenta e demorada no mundo dos bolos, desta vez resolvi fazer um bolo de mármore. Não sei porquê, mas achava que o facto de ter chocolate por dentro com formas curvas e meias psicadélicas tornaria a coisa mais difícil ainda. Mas parece que resultou!
Ingredientes:
Base (parte "branca")
2 e 2/3 chávenas de farinha
1 e 2/3 chávenas de açúcar
2 colheres de chá de "baking powder"
1/4 colher de chá de sal
300 g de manteiga sem sal
6 ovos
Para a parte de chocolate:
2 colheres de sopa de leite
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
175g chocolate preto
Preparação:
Forno pré-aquecido a 160º
1. Bate-se a manteiga e açúcar, até estar bem ligado, juntando depois lentamente a farinha e baking powder e sal. Devemos ficar com um resultado cremoso;
2. Enquanto se continua a bater, junta-se os ovos, um a um, até estarem incorporados no preparado. Reserva-se.
3. Derrete-se o chocolate em banho Maria. Enquanto está a derreter, mistura-se bem o leite e bicarbonato de sódio noutra tigela. Assim que o chocolate estiver derretido, junta-se ao leite e mistura-se bem (pode ser com colher) até estar bem ligado. A esta base junta-se duas chávenas de base branca e mistura-se bem até ficar de novo castanho do chocolate.
4. Unta-se uma forma com manteiga e farinha, e enche-se até um terço de base branca. Junta-se por cima a mistura de chocolate e de novo por cima uma nova camada de base branca. Não encham muito a forma senão acontece-vos como a mim que saiu por forma durante a cozedura!! Passa-se uma faca na vertical por dentro da mistura fazendo curvas para que o chocolate depois fique com aqueles tons psicadélicos caracteristicos do bolo mármore.
5. Forma para dentro do forno a 160-170º e lá para dentro durante uma hora mais ou menos ou até estar cozido.
Fica bom, vos digo... até me disseram que nunca tinham comido um bolo de mármore tão bom na vida! Também não sei onde terão comido, mas enfim... aceitei o elogio de muito bom grado!
12 janeiro 2010
Afinal é a vida que comanda o sonho
- O outro dia sonhei contigo. Foi uma mistura de sonho e pesadelo.
- Ah foi?
- Foi. Eu estava numa casa. Tu estavas lá também, na casa de banho, a arranjar-te. tavas linda, com um vestido brilhante, mas não era de lantejoulas. Pintavas os lábios e rias-te para mim com o lápis de baton na mão perto da boca, como se percebesses que eu estava num sonho, e soubesses que eu ainda me iria aperceber à medida que os segundos passassem.
- E depois?
- Depois, eu apercebia-me que era a tua casa e que de repente eu tinha lá ido parar, e estava lá tudo, a tua mãe também. Percebi que qualquer coisa não fazia sentido e que as conversas se cruzavam de forma estranha e desconexa. soube que a qualquer momento se apagariam as luzes. E começaria o pesadelo.
- Pois.
- Ah foi?
- Foi. Eu estava numa casa. Tu estavas lá também, na casa de banho, a arranjar-te. tavas linda, com um vestido brilhante, mas não era de lantejoulas. Pintavas os lábios e rias-te para mim com o lápis de baton na mão perto da boca, como se percebesses que eu estava num sonho, e soubesses que eu ainda me iria aperceber à medida que os segundos passassem.
- E depois?
- Depois, eu apercebia-me que era a tua casa e que de repente eu tinha lá ido parar, e estava lá tudo, a tua mãe também. Percebi que qualquer coisa não fazia sentido e que as conversas se cruzavam de forma estranha e desconexa. soube que a qualquer momento se apagariam as luzes. E começaria o pesadelo.
- Pois.
Bolo de maçã caramelizada
Mais um bolinho... é básico, ms nesta área tenho que começar por qui, antes de me aventurar em grandes pastearias!
Ainda por cima eu não como bolos! mas eles lá vão desaparecendo em velocidade cruzeiro!
Ingredientes:
250 g de manteiga sem sal
50 g adcionais de manteiga (para caramelizar a maçã)
1 e 1/4 cvávenas de açucar fino
1/3 chávena de açucar fino adicional(para caramelizar a maçã)
4 ovos
2 e 1/4 chávenas de farinha para bolos
1 chávena de leite
2 ou 3 maçãs, em rodels muito fininhas
Preparação
1. Numa frigideira derrete-se as 50g de manteiga e o terço de açucar, até ligar e juntam-se as maças. Ddeixa-se caramelizar tudo.
2. Numa tigela mistura-se a chávena e 1/4 de açúcar com as 250 gramas de manteiga, e bate-se com batedeira, até obter uma mistura cremosa.
3. Junta-se depois os ovos, um a um, misturanod devagar até estarem incorporados, antes de juntar o próximo.
4. Por fim, junta-se a farinha devagar até estar tudo muito bem misturado e uniforme e, no final, o leite, misturanod mais um pouco.
5. Deita-se a mistura para a forma, previamwnte untada com margarina e farinha, e é nesta altura que se deixam caire lá para dentro as maçãs caramelizdas reservadas, de forma a estarem bem espalhadas.
6. Vai ao forno a 160º-180º até estar cozido!
Quando estiver pronto, desligue o forno e antes de retirar do forno, deixe repousar um pouco lá dentro. Eu não incluí canela, mas "a ciascuno il suo"!
ciao for now! domani faciamo un risotto di lima...
Choco e Lula - Descubra as diferenças...
Toda a gente pensa que choco e lula são mais ou menos a mesma coisa. Por isso quis, fotograficamente, demonstrar que não é assim... são ou não são diferentes???
Bom, agora a sério, geralmente, quando se tem que explicar a diferença, a explicação que mais oiço, e que dou também, é que o choco é uma espécie de lula, mas mais pequeno. Surgem saempre aquelas situações do género "não sabes?? o choco é uma espécie de lula pá, so que é mais pequeno...tu também, não sabes nada!"
Pois bem, fiquei sabendo que apesar de serem ambos moluscos marinhos,como também o é a ostra, são animais diferentes tanto na forma como na composição.
"Our friend" Wikipedia esclarece:
Os Chocos ou sibas (sépias no português brasileiro) são moluscos marinhos da classe Cephalopoda, ordem Sepiida.
Os chocos têm uma concha interna, bolsa de tinta, oito braços e dois tentáculos.
Possuem uma capacidade de mimetismo considerada superior à de um camaleão; suas gamas incríveis de cores são devidas às células especiais, os cromatóforos.
Um animal tímido, os chocos têm uma vida tanto diurna como noturna, alimentando-se de outros pequenos seres, tais como camarões, peixes e outros.
Depois que capturam suas presas, eles as matam com um mecanismo na sua boca, semelhante a uma faca, com que retalham suas vítimas, que são, por sua vez, comidas por outros cefalópodes.
lulas são tipos de moluscos marinhos da classe Cephalopoda, subclasse Coleoidea, ordem Teuthida, que inclui subordens, Myopsina e Oegopsina (esta última inclui a espécie Architeuthis dux, a lula-gigante).
Como todos os cefalópodes, caracterizam-se por possuírem cabeça distinta, simetria bilateral e tentáculos com ventosas. Assim como o choco, a lula tem oito braços, para a captura de alimento, e dois tentáculos, com função na reprodução.
As lulas têm cromatóforos na sua pele, ou seja, células que permitem mudança de cor dependendo do ambiente em que se encontram, o que caracteriza sua capacidade mimetizante. Sendo coleóides, têm uma concha interna, chamada de pena, devido ao seu formato similar a penas de aves.
As lulas movem-se por intermédio de propulsão, ejetando grandes quantidades de água armazenadas na cavidade do manto, através de um sifão de grande mobilidade e capacidade de direcionamento dos jatos. Por esta razão, além de seus corpos altamente hidrodinâmicos, são fortes rivais dos peixes no que se refere à habilidade de natação e manobrabilidade. Na boca, as lulas apresentam a rádula quitinosa que lhes permite triturar alimentos e que é a característica comum a todos os moluscos, exceto Bivalvia e Aplacophora.
As lulas respiram por duas guelras e têm um sistema circulatório bombeado por um coração principal e dois subsidiários. São animais exclusivamente carnívoros, alimentando-se de peixes e outros vertebrados, que capturam através dos braços.
A maioria das lulas não tem mais que 60 cm de comprimento, mas já foram identificadas lulas-colossais com 14 metros (já foi identificada uma lula com 450 kg). Estas são os maiores invertebrados do mundo.
11 janeiro 2010
Ovos mexidos com alho francês, chouriço do fundão, hortelã da Ribeira e Parmesão lascado
(clicar para ampliar)
Às vezes apetece um petisco, que não seja duro para o estômago mas que satisfaça o apetite.
Eu hoje estava assim, e lembrei-me desta sempre eficaz resposta que são os ovos mexidos. Já aqui escrevi sobre eles, e volto sempre com muito gosto.
Ingredientes para dois:
4 ovos
leite q.b.
sal e pimenta q.b.
hortelã da ribeira q.b.
parmesão lascado na hora
Umas quantas rodelas de chouriço de carne, eu tinha do Fundão (uma maravilha!)
Preparação:
1. Batem-se os ovos numa tigela, juntando-se sal, pimenta, o alho francês, picado, um pouco de leite e as lascas de parmseão;
2. Numa frigideira bem aquecida deita-se azeite e uns ramos de hortelã
da ribeira e frita-se as rodelas de chouriço levemente, até começarem a corar.
3. Corado o chouriço, junta-se a mistura de ovos e mexem-se até estarem prontos, sem deixar secar, para manter o sabor.
Serve-se com uma salada de agrião e alfaces, com tomate, cenoura e avelãs picadas, temperada com sal, orégãos, pimenta e azeite! E não se esqueçam de torrar um pouco de pão para "empurrar" os ovos...
06 janeiro 2010
IBO - É bom lá voltar
2009 não podia ter terminado de melhor forma, no que diz respeito a novas experiências gastronómicas.
IBO é um a ilha no meio do arquipélago das Quirimbas, a norte de Moçambique, na região de Pemba. Estive lá na minha lua de mel há uns anos. Um verdadeiro paraíso, que agora temos o prazer de receber, noutro formato, em Lisboa, ao Cais do Sodré.
Fui lá parar por acaso, a convite de almoço de um cliente. Já conhecia o restaurante de nome e porque conheço o chef há muitos anos (não nessa qualidade). Mas nunca, por uma razão ou outra, tinha manejado lá ir. Houve uma vez que estive mesmo à porta, mas os meus acompanhantes decidiram, à última, trocar-me as voltas.
Admito que tenho um fraco (ou mais um forte) por Moçambique, o que não quer dizer que esteja condicionado à partida. Ou por outra, quer mesmo dizer que estou condicionado porque me torno mais exigente. Um restaurante que desilude já é triste, mas um restaurante que se usa de costumes de um povo, de uma terra, para atraír e não se esforça para, pelo mens, ter alguma coisa a ver, é pior. E vê-se logo quando uma pessoa não sabe o que está a fazer.
Pois bem, este não é, definitivamente, o caso do IBO.
Entro no restaurante e sou logo recebido por um empregado bem vestido, de preto, com um sorriso na boca e a querer saber o que me traz àquelas paragens. Pergunta-me se quero beber alguma coisa e gesticula como a querer ajudar-me a tirar o casaco. Tudo é limpo e bem posto aqui. Os tons de branco que caraterizam, mas não limitam, o espaço, dão-lhe um ar fresco e ao mesmo acolhedor. A temperatura está perfeita, nem calor nem frio. Foi como chegar a casa.
Sou conduzido ao primeiro andar onde me encontro noutra sala igualmente agradável com a mesa já à nossa espera. Mal nos sentamos somos logo acarinhados com uma selecção de pães e respectivos acompanhamentos que deixam logo antecipar a qualidade, simples (e não quero dizer fácil), sem pretenciosismos, e muito eficaz.
A lista é preparada com o cuidado de ligar os pratos ao país de origem, com vários fixos, incluindo os conhecidos camarões tigre, seja na grelha,seja à Laurentina, seja em caril. Há também pratos de carne muito apetecíveis, dos quais destaco o borrego, porque o vi mais tarde a chegar à mesa com um aspecto "de se comer" (literalmente falando)! Passando às sobremesas, tivemos direito a um "sortido" por isso deu para fazer uma geral. Maravilhosas! bolo de chocolate, papaia recheada, sorbet de limão ou leite creme com açúcar queimado na hora, entre outras delicias...
Os timings de atendimento e intervenção à mesa foram daqueles que eu gosto. Sem grande alarido, passámos o almoço sem ser incomodados mas sempre com a sensação de estarmos acompanhados quando precisámos. É esse o objectivo que, na minha opinião, um bom empregado deve ter: estar presente sem incomodar, sem se sentir como uma sombra.
Gostei muito do pormenor dos pousa malas para as senhoras. Belo toque!
Enfim, recomendo uma ida ao IBO, ou mais. Vão notar que quem lá está, está por gosto. E quando é assim, aliado à sensibilidade culinária, não há como falhar.
Contactos e localização em: http://www.ibo-restaurante.pt/
02 janeiro 2010
Linguini Philadelfia
Now I'ma going'a to show y'a da real phili pasta yu know what'I'ma sayin'a? (é suposto lerem isto tipo mafioso italiano... mas admito que não ficou lá muito bom...)
A Daniela e o Nuno estiveram cá em casa há uns dias e a Dani sugeriu um prato bastante fácil de preparar e muito rápido. Por isso partilho esta pasta aqui convosco e espero que gostem. A Daniela e o Nuno são do Porto mas não...não são da mafia (que eu saiba)!
4 pessoas:
Ingredientes:
2 courgettes
500g de linguini
1 alho picado
duas colheres de sopa de queijo filadelfia;
sal epimenta q.b.
azeite q.b.
Preparação
1. Cortam as courgettes (depois de lavadinhas) às rodelas muito fininhas;
2. Numa frigideira bem quente, alouram alho em azeite e deitam as courgettes, cozinhando, com sal e pimenta, de um lado e outro durante uns minutos até amolecerem. Não as cozinhem muito senão elas minguam até desaparecerem.
3. Fervam àgua com sal, um fio de azeite e um ramo de tomilho, e cozam a massa de acordo com as intruções da embalagem.
4. Escorram a água da pasta, voltem a deitar para a panela e juntem as courgettes. Deixem no lume mínimo dos mínimos. Juntem então o queijo filadeflia de imediato e deixem derreter.
Sirvam em pratos fundos.
2010? Já? Não dei por isso...
Confesso que esta passagem de ano não foi das mais animadas. Não dei sequer pelo ano de 2010 a chegar. Estava já na caminha a dormir...
É verdade! E não, não estava tão bêbado que não consegui aguentar as doze badaladas. Estava simplesmente cansado e doente. Este Natal passei-o doente e não melhorei a tempo do fim de ano. Achei que já estava curado e pus-me a fazer vida normal quando afinal não estava nada. Por isso, eram 23h30 e já estava a dormir.
Pensando bem, até acho que foi muita maluco!! Digam lá quantos de vocês já passaram o fim de ano a dormir, em circunstancias de normalidade? Isto é, sem terem sido coagidos por algum factor externo ou "interno". Pura e simplesmente porque vos apeteceu, ou não vos apeteceu fazer nada ou porque a vossa vida não vos permitiu, ou por qualquer outra razão válida? Isto é que é ser, afinal, muita maluco! Dormir no final de ano..... granda destrambelhado pá!
De qualquer forma, estamos já na Odisseia de 2010! No filme as coisas pareciam muito mais à frente. Mas agora que lá chegámos, é tudo igual há 20 anos atrás, mas há telemóveis, Internet e Mp3. De resto, quase nada mudou. Este ano o Al Gore diz que anda mais preocupado com o aquecimento global. O Michael Jackson, o Pavarotti e o Paul Newman morreram, a Deutsche Gramophon fez 111 anos há dias, e umas coisas mais. Embora tristes (algumas), são as inevitabilidades da vida.
Mas assim de grandes coisas, grandes mudanças como se esperava ao ver - por exemplo -o 2010 Odisseia no Espaço, não me parece ter havido. Eu acho que já nos habituámos de tal forma à rapidez da evolução que já não damos por ela. Eu lembro-me de pensar, nos anos 80, que quando chegasse o ano 2000 teria 24 anos. E pensava que faltava muito tempo, que nessa altura seria já velho e que estaria já no Sec XXI!!
Agora esse ano longínquo de 2000 já lá vai há 10... e parece nada ter realmente mudado.
Basicamente o que quero dizer, não querendo transformar este começo de novo ano numa tragédia fúnebre, é para aproveitarem bem! Vivam com fúria e não deixem escapar mais este ano. Vamos todos a tempo!
FELIZ 2010!
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