- O outro dia sonhei contigo. Foi uma mistura de sonho e pesadelo.
- Ah foi?
- Foi. Eu estava numa casa. Tu estavas lá também, na casa de banho, a arranjar-te. tavas linda, com um vestido brilhante, mas não era de lantejoulas. Pintavas os lábios e rias-te para mim com o lápis de baton na mão perto da boca, como se percebesses que eu estava num sonho, e soubesses que eu ainda me iria aperceber à medida que os segundos passassem.
- E depois?
- Depois, eu apercebia-me que era a tua casa e que de repente eu tinha lá ido parar, e estava lá tudo, a tua mãe também. Percebi que qualquer coisa não fazia sentido e que as conversas se cruzavam de forma estranha e desconexa. soube que a qualquer momento se apagariam as luzes. E começaria o pesadelo.
- Pois.
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